Cerca de 80 pessoas com quadro de intoxicação respiratória continuam internadas em
internadas em estado grave em hospitais de Santa Maria e Porto Alegre após o incêndio na boate Kiss, que deixou pelo menos 231 mortos. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde Alexandre Padilha, em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira, no Centro Desportivo Municipal de Santa Maria.
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Segundo Padilha, 40 feridos estão em hospitais de Santa Maria e outros 39 seguiram para centros de referência no atendimento a queimados em outras cidades, 37 deles em Porto Alegre, ao longo da madrugada desta segunda-feira. Mais remoções devem ocorrer durante o dia.
Desde os momentos que se seguiram após a tragédia, mais de 300 pessoas passaram por unidades de atendimento de saúde do município da região central do Estado.
— Ficamos a noite toda acompanhando pacientes que estavam nos hospitais. O objetivo principal agora é salvar o máximo de vítimas possíveis. Queremos manter a possibilidade de haver leitos vagos de UTI em Santa Maria como retaguarda, porque os casos podem evoluir. Não tivemos nenhum óbito na madrugada, mas permanecemos em alerta permanente — disse Padilha.
O ministro afirmou que algumas pessoas podem apresentar sintomas de pneumonia química, como tosse e falta de ar, nos próximos três dias. Para auxiliar nos trabalhos em Santa Maria foram recrutados profissionais intensivistas de outras regiões do país, como Sudeste e Nordeste. O Ministério da Saúde mantém contato com bancos de pele no Brasil e na América Latina.
— O segundo objetivo é aliviar o sofrimento dos familiares. Psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais estão no ginásio, nos hospitais e em centros de assistência. Somente ontem (domingo) houve quase 200 atendimentos médico-psicológicos a parentes de vítimas — relatou Padilha.
A tragédiaO incêndio na boate Kiss, no centro de Santa Maria, começou entre 2h e 3h da madrugada de domingo, quando a banda Gurizada Fandangueira, uma das atrações da noite, teria usado efeitos pirotécnicos durante a apresentação. O fogo teria iniciado na espuma do isolamento acústico, no teto da casa noturna.
Sem conseguir sair do estabelcimento, mais de 200 jovens morreram e outros 100 ficaram feridos. Sobreviventes dizem que seguranças pediram comanda para liberar a saída, e portas teriam sido bloqueadas por alguns minutos por funcionários.
A tragédia, que teve repercussão internacional, é considera a maior da história do Rio Grande do Sul e o maior número de mortos nos útimos 50 anos no Brasil.
RESPOSTA AO "Ministro informa que cerca de 80 pessoas permanecem internadas em estado grave após tragédia em Santa Maria"
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